As agências parecem determinadas a não mudar

Segundo matéria no blog La Fora, intitulada "Mudar para deixar tudo como está", a percepção geral é de que o mercado publicitário não tem o menor interesse em mudar:

O IV Congresso de Publicidade está chegando e a esperança de que o negócio da publicidade fosse finalmente discutido a sério já começa a ficar só na esperança mesmo. As declarações das principais lideranças das agências se repetem num discurso ensaiado “que precisamos defender o modelo brasileiro”, “o nosso sistema é o que garante a qualidade da nossa publicidade” e outras pérolas do mesmo gênero.

Qual é este modelo tão veementemente defendido? A remuneração por comissão da veiculação, a bonificação de volume e eventualmente, a troca de parte da comissão por um fee mensal. Será que num cenário onde os investimentos em internet vão ultrapassar os investimentos em TV (na Inglaterra, em 2009), onde o break perde lugar para o conteúdo, onde a grande idéia criada pela agência tem tanto apelo para ser usada em um sem-número de aplicações fora das mídias tradicionais, este é realmente o modelo que vai garantir o sucesso e o crescimento do negócio nos próximos anos?

[..] É triste que o principal esforço das lideranças das agências na preparação do primeiro Congresso em 30 anos tenha sido a mudança do nome painel ‘O modelo brasileiro de remuneração das agências de publicidade’ para ‘A Valorização, a Prosperidade e a Rentabilidade da Indústria da Comunicação’. Remuneração é uma palavra tabu.[..]

[..]No mundo real, a televisão aberta e a mídia impressa – que são as grandes financiadoras do sistema de BV – vão perdendo participação no bolo publicitário. E vão sendo substituídas por mídias pulverizadas, que não concentram a mesma quantidade de “V” para poderem ficar distribuindo “B”. Quando o mercado fala que “a linha acabou”, se referindo as expressões Below e Above te Line, ele está dizendo é que o ATL está diminuindo, e diminuindo rápido. Em algumas empresas, o investimento na trinca TV/Jornal/Revista já perde para as outras mídias e as ações de promoção, ativação e para um crescente investimento na “presença web”, muito mais focada em conteúdo, virais, redes sociais, links patrocinado do que em banners.[..]

Veja o artigo completo no blog La Fora

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